Retrato da Freguesia

Alfaiates é uma freguesia portuguesa do concelho do Sabugal, com 27,97 km² de área e 331 habitantes (2011), a cerca de 18 km da sede do concelho Sabugal e a 30 km de Vilar Formoso.

Alfaiates dista cerca de 19 km do Sabugal. É uma das mais antigas freguesias e foi sede de concelho até à sua extinção em 1836. Na margem direita de uma ribeira caudalosa que tem o nome desta vila, é situada a antiga Alchaeata, sobre um elevado outeiro, de onde se descortina um vastíssimo horizonte. O nome da povoação tem dado azo às mais diversas interpretações sobre a sua origem. Em relação ao topónimo Alfaiates, apenas podemos adiantar a sua origem etimológica árabe, mas a povoação, segundo diz a lenda, originalmente chamava-se Castillo de La Luna. Originalmente castelhana, fixou-se definitivamente no estado português em 1296, através da assinatura entre os dois reinos do Tratado de Alcanizes. A partir do momento em que, através do referido tratado, passou para a posse da coroa portuguesa, começou a ser beneficiada pelos nossos monarcas. D. Dinis foi o primeiro, dando-lhe foral no mesmo ano e mandou edificar na povoação um pequeno castelo, de planta rectangular.

Este viria a sofrer obras de beneficiação na primeira metade do século XVII, numa altura em que se encontrava praticamente por terra. Brás Garcia de Mascarenhas levou a cabo a sua reconstrução, tarefa que demorou apenas três meses. Foram erguidas novas muralhas e o interior ampliado.

A freguesia de Alfaiates possui 700 habitantes. As principais actividades económicas são a agricultura, o comércio, a serralharia, a serração e a pastorícia.

A freguesia conta com a realização de duas Capeias Arraianas anuais, a Capeia Arraiana da Páscoa, e uma outra que decorre em Agosto.

Envolvência

Começando pelas ruínas do castelo e das muralhas , são diversos os vestígios de uma história que se confunde com a formação do reino. Esta é hoje uma terra que preserva os seus costumes e tradições, rainha das quais é a capeia arraiana (uma corrida de touros característica da raia, na qual o touro é enfrentado por 20 ou 30 homens solteiros, que sustêm as suas investidas com um enorme forcão).